terça-feira, 10 de maio de 2016

Resenha do seriado 'Containment'

Eu sempre acho que não existe mais o que inventar, na ficção, quando o tema envolve cenários apocalípticos... Não canso de me enganar.

Foto de divulgação


A série de TV Containment estreou em abril pelo canal The CW, e mesmo possuindo um plot já muito reproduzido, surpreende de diversas formas. A produtora executiva do show é a Julie Plec, conhecida por produzir o sucesso que foi, e continua se mantendo de pé até hoje, The Vampire Diaries.

Primeiramente eu vou falar o quanto a escolha do elenco principal da série é fantástica. Para quem acompanha TVD e The Originals, vai reconhecer facilmente uns dos personagens, como o policial Jake Riley, interpretado pelo ator Chris Wood, que fez o vilão Kai em TVD. Do elenco de The Originals, temos a tia malvada do Klaus, a atriz Claudia Black, interpretando a Dra. Sabine Loomers. É importante saber que as semelhanças com TVD e TO param por ai mesmo.

Epidemia em Atlanta

A história de Containment se passa em Atlanta, no tempo presente. No início de cada capítulo é mostrado um flashforward (cenas do futuro), onde um surto de gripe tomou conta da cidade e policiais estão atirando em pessoas nas ruas, enquanto ocorre uma tremenda comoção popular. É muita gritaria.

A princípio, pensei que o vírus letal fosse resultar em algo sobrenatural, como acontece em The Walking Dead (que não é necessariamente sobrenatural). Mas, basicamente, tudo o que ocorre com alguém, ao contrair a nova gripe, é a morte.

Até agora apenas três capítulos foram lançados, os quais desenvolvem os personagens, suas relações pessoais com aqueles cujo estão sendo forçados a conviver, e explicações a cerca do vírus: podendo se tratar de bioterrorismo, quanto tempo de vida a pessoa tem ao contrair, como se contrai e que medidas podem ser tomadas para "conter" essa ameaça.

Major Alex e doutora Sabine
A Dra. Sabine é quem comanda a operação de contenção do vírus, juntamente com sua equipe do Departamento de Saúde e Serviços. Para a segurança dos habitantes da cidade, eles criam uma cerca na zona em volta do Hospital Central de Atlanta, onde o primeiramente o vírus foi identificado, e em seguida o local é totalmente lacrado por contêineres, impedindo que pessoas entrem ou saiam da zona de quarentena.

É quase uma sentença de morte para aqueles que estão do lado de dentro, incluindo o policial Jake e a professora Katie Frank (Kristen Gutoskie), que comanda sua turma de alunos do ensino básico.

Katie é aquela personagem clássica: a mulher bonita, mas não perfeita, coerente e responsável, inteligente e contida, porém muito insegura. Rapidamente me afeiçoei a ela e ao filho pequeno, principalmente quando ela se aproxima do policial Jake. Jake é meu personagem favorito, embora tenha um temperamento instável e um passado misterioso (possivelmente sujo).

A atuação de Chris Wood me surpreendeu, mesmo sabendo o quão talentoso ele é. Está sendo divertido acompanhá-lo neste novo trabalho, pois o Jake é muito complexo e se envolve nas cenas de ação mais importantes, enquanto lida com a angustiante pressão de ser um dos poucos tiras dentro da zona ameaçada.

Policial Jake Riley
Há também o Major Alex, entre os protagonistas, o tipo de cara bonzinho, mas que de uma forma estranha, me fez ter receio sobre o quanto seu profissionalismo compromete sua caracterização como mocinho (não gostei  dele). Ele está do lado de fora da contenção e conta com o amigo Jake para que, do lado de dentro, as coisas fiquem em ordem.

São muitos personagens com a trama bem trabalhada, por isso vou me conter a falar sobre os que mais chamaram atenção. Teresa, por exemplo, está entre os preferidos. Ela é uma adolescente grávida de 17 anos, que teve os planos de fugir com o namorado frustrados devido à cerca, sendo impedida de sair da zona de quarentena. A moça é ousada e eu acho que compartilhará momentos emocionantes com o restante do pessoal que citei.

Para os que sobraram, resumem-se em médicos, trabalhadores locais, as crianças, policiais e aqueles que estão dentro e fora da cerca.

O que esperar de Containment

É do lado de fora que todas as principais decisões são tomadas. A Dra. Sabine comanda sua equipe e passa algum tempo em coletivas de imprensa para esclarecer questões cruciais sobre a epidemia. Porém, mais à frente, descobre-se que as coisas estão piores do que ela deixa transparecer. Para que informações não saiam de dentro da cerca, a internet e o sinal telefônico são cortados (típico).

Por enquanto, de acordo com o que foi mostrado e o com os flashforwards, sabemos que a primeira temporada irá abordar o surto apenas dentro da contenção. Durante esse tempo, do lado de fora se instalará a histeria. São aproximadamente treze dias de isolamento até chegar ao caos prometido, depois disso é de se esperar que não pare por ai.
Teresa
Se a ideia é uma série de drama que envolva catástrofe e fim do mundo, é provável que o vírus irá escapar para além dos contêineres e se espalhar por Atlanta, em seguida por todo os Estados Unidos. Dependendo do quão longe eles pretendem ir com a produção, por todo o mundo.

Prevejo algo similar à The Walking Dead, não há como não comparar, todavia após tanto explorarem o tema dos zumbis, penso que Containment seguirá por um caminho mais diversificado e inovador.

Em vez de se transformarem em criaturas carnívoras, aqui o perigo consegue ser mais intenso. Um fluido corporal é suficiente para transmitir a doença, quer dizer que o suor, espirro, esperma, sangue, lágrimas e qualquer coisa que saia do corpo, é suficiente para te matar. Por isso eu acho que Containment consegue ser até mais angustiante que TWD, uma vez que as relações humanas se tornarão totalmente frias.

Pelos três capítulos que assisti, eu posso assegurar que Containment será sucesso, desde que trabalhem bem no material de divulgação e não caia no conformismo. Depois da primeira temporada, se houver a segunda, espero que o objetivo vá além do puro instinto humano de sobrevivência, e que de fato a preocupação maior seja encontrar uma cura para a doença ou algum tipo de vacina. Porque ninguém merece acompanhar mais uma série sobre o fim do mundo que não tenha o foco principal bem trabalhado. Isso vem acontecendo com frequência e irrita.

Logo abaixo está o trailer da primeira temporada, bem resumido. Espero que a resenha tenha sido satisfatória. Acho que ficou claro que estou gostando muito de Containment, por enquanto não encontrei nada ruim. Mas até o final da temporada tudo pode acontecer, espero que se mantenha com qualidade.
Voltarei em breve com alguma nota ou até mesmo uma crítica (não especializada, claro) a respeito da temporada como um todo.

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ATUALIZAÇÃO

A série Containment foi oficialmente cancelada pela CW, o que significa que provavelmente a história terá o desfecho introduzido até o final da primeira temporada.
Ainda assim vale muito a pena assistir, torceremos para que tenha um encerramento digno.



sábado, 7 de maio de 2016

A não-azul Mística e as críticas à J-Law







Com o lançamento de X-Men: Apocalipse previsto para o próximo dia 19 de maio, a repercussão sobre o filme está crescendo conforme o material de divulgação é liberado. Muito foi falado a respeito da personagem de Jennifer Lawrence, a mutante Mística, devido sua aparência não-mutante nos teasers trailers.

Desde que X-Men: Primeira Classe (2011) foi lançado, muito se tem discutido sobre o quanto a imagem de Lawrence influencia na importância da personagem na trama da franquia. Contudo, é importante observar que Mística só se tornou de fato relevante na história dos mutantes em Dias De Um Futuro Esquecido (2014), pois suas habilidades seriam, no futuro, usadas para fins apocalíticos quando combinados a uma nova tecnologia (Os Sentinelas).

Mística como heroína

Mística irá comandar os jovens X-Men na batalha contra Apocalipse e os Cavaleiros, porém, isso não faz dela necessariamente uma heroína. Lembraremos que em DoFP (Days of Future Past) ela, movida por vingança, foi a principal antagonista. Mesmo Magneto, também com pretensões diabólicas de  matar o presidente dos EUA, não foi tão intrigante e desafiador quando a matamorfo. A grande diferença é que ela, no último minuto, decidiu fazer a coisa certa.

Ajudar os X-Men também não a torna  uma super-heroína, afinal ela está agindo racionalmente tentando impedir uma catástrofe global, algo que a afetaria e as pessoas que ela ama, então a decisão de se juntar ao time dos mocinhos acaba demonstrando o quão inteligente Mística é.

A não-azul Mística 

Todo mundo está  careca  de saber (tanto quanto o professor Xavier ficará), que a razão para Mística não estar em sua forma original em Apocalipse é por causa que a maquiagem usada incomoda Jennifer Lawrence. "Eu ficarei um pouco azul. Eu tentei o máximo que pude, mas a equipe foi bem legal comigo", disse a atriz.

Na primeira trilogia dos X-Men, a atriz Rebecca Romijn, que também interpretou a Mística, pareceu não ter problema em aparecer sempre maquiada para interpretar sua personagem. Com certeza foi uma bela atuação dela, mas se a sinceridade nos permite revelar algo, sabemos que seu tempo em cena é  menor do que o de Jannifer.

A não-azul mística talvez não prejudique em nada o enredo. A mutante tem sérios motivos para se camuflar, afinal ela precisa se "misturar" para poder executar suas missões, como resgatar Noturno do ringue de combate. Seu poder de mudar de forma é que a torna uma grande e perigosa espiã, pois, caso contrário, ela teria muitos problemas, assim como Noturno. Ele é obrigado a trabalhar em um circo e sofre preconceito por causa da aparência imutável e diferente.




As críticas à Jennifer Lawrence

É completamente entediante saber que tantas pessoas estão incomodadas com o foco que os filmes dos X-Men estão dando a personagem Mistica. É meio óbvio que eles usariam a imagem da Lawrence, que é muito competente e vencedora de grandes prêmios, como o Oscar, para enriquecer a produção cinematográfica da Fox.

Comparar J-Law com Rebecca é o mesmo que arrochar sem abraçar, pois as duas interpretam a personagem em épocas diferentes, com histórias e maturidade diferentes.

Seria equivocado uma Mística assassina em X-Men: Primeira Classe, como seria retrocesso ela permanecer a mesma em Dias de Um Futuro Esquecido. Todos deveriam agradecer por uma personagem tão complexa e interessante finalmente ter sido bem explorada. Mística deixou de ser um capacho de Magneto, de agir de acordo com as vontades dele, para ser a mulher independente que luta pelo que quer.

E, sem querer puxar o saco, Mística merece a atenção que está tendo. Eu, particularmente, sempre gostei dela. Nas Histórias em Quadrinhos, lembro que adorava quando ela surgia em alguma edição, bagunçando tudo e agindo de forma imprudente, todavia sempre com um objetivo em mente.


Acesse também o post onde falo sobre o que esperar de X-Men: Apocalipse.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

O que esperar de X-Men: Apocalipse

AVISO: Antes de qualquer coisa, preciso dizer que minha opinião é totalmente leiga e que minhas suposições são baseadas no que vi nos outros filmes e nas poucas HQs que li anos atrás. 





O filme X-Men: Apocalipse será lançado no próximo dia 19 de maio, e desta vez os mutantes enfrentarão um ancestral poderoso, que pode acabar com todo o mundo que eles conhecem. Juntamente com seus quatro cavaleiros Magneto (Michael Fassbender), Psylocke (Olivia Munn), Arcanjo (Ben Hardy) e a incrível Tempestade (Alexandra Shipp), Apocalipse tem planos de destruir  a civilização para trazer novamente adoração a raça mutante.

Os X-Men, liderados por Mística (Jannifer Lawrence), precisam impedir que En Sabah Nur (Oscar Isaac), tenha sucesso com seus planos, porém o desafio de deter a criatura mais poderosa da terra será mais difícil do que se pode esperar.

Acontece que os X-Men, neste cenário, são inexperientes e talvez não tão fortes para uma batalha deste tipo. Graças a Wolverine (Hugh Jackman), que voltou no tempo em Dias De Um Futuro Esquecido, tudo o que sabemos sobre o destino dos X-Men é que os Sentinelas foram impedidos e o Instituto Xavier continua funcionando normalmente. Porém, a história foi mudada e será recontada a partir desta nova produção.

Teremos as versões jovens de Jean Grey, Scott Summers, Kurt Wagner e Ororo Monroe respectivamente representados por Sophie Turner, Tye Sheridan, Kodi Smit-McPhe e Alexandra Shipp.

A principal questão sobre a história é justamente entender quais são as chances dos jovens X-Men contra Apocalipse e os Cavaleiros. Em questão de nível de poderes, basicamente nenhum X-Men, a não ser o professor Xavier (James McAvoy), possui qualquer chance contra os inimigos.

Ciclope, de acordo com os trailers, tem acabado de despertar os poderes, dificultando consideravelmente seu desempenho na luta. Noturno, parece estar numa situação similar. Resta apenas Jean Grey, que ainda não foi mostrada agindo nas prévias.

Provavelmente Jean será a grande sacada para derrotar Apocalipse. A telepata, mesmo que não saiba, guarda uma entidade poderosa dentro de si, a Fênix, que provavelmente desempenhará um papel importante. A grande pergunta é: será que eles irão explorar essa característica da personagem, no filme de estréia dela na nova trilogia? Provavelmente sim. Em X-Men: O Confronto Final (2006), temos o flashback de Jean ainda criança já muito poderosa. Supondo que Charles não tenha lançado barreiras psíquicas nela nessa nova realidade que está sendo construída, ela é capaz de tudo.

Mística, embora seja uma grande lutadora, não possui habilidades necessárias para combater alguém como Apocalipse, sem contar os cavaleiros. Magneto, por exemplo, terá seus poderes ampliados pelo seu líder, se tornando muito mais perigoso do que já sabemos que ele é. Mas sabemos que Mística também consegue ser perigosa e letal. Seu ensinamento pode ser a chave para transformar mutantes imaturos em grades guerreiros.

Uma das coisas mais empolgantes do material que foi liberado até agora  com certeza é a personagem Psylocke. De cara já me apaixonei por ela e estou torcendo pelo seu bem, mesmo sabendo que ela será uma vilã. A cena de Psylocke partindo o carro ao meio, de fato, já é uma das mais emocionantes de toda a franquia. Não estou exagerando. Nas HQs Psylocke é uma grande lutadora e possui aquela espada de energia psiônica pura, que é muito legal. Deu para ver que ela será muito bem representada por Olivia Munn.

O longa teve uma grande produção, elenco maravilhoso e as prévias estão definitivamente empolgantes. É possível que os X-Men, utilizando de uma boa estratégia, consigam vencer o inimigo (O que eu tô falando? Claro que eles vencerão o inimigo, ou não faria sentido assistir ao filme). Contudo, me refiro a forma como isso será desenvolvido.

Acho que Jean e o professor serão a grande sacada, a carta na manga. Isso explicaria porque eles não foram tão explorados no material de divulgação como os demais personagens.





IMAGENS DE DIVULGAÇÃO:






















Resenha do seriado 'Containment'

Eu sempre acho que não existe mais o que inventar, na ficção, quando o tema envolve cenários apocalípticos... Não canso de me enganar. ...